QUERERIA UM LOCUS AMOENUS

Quereria um "locus amoenus"

para me deitar sobre a erva fresca

e ouvir as águas claras a fluirem suaves

por sobre o corpo desnudo da minha amada

a banhar-se lasciva, mas honesta, mas sedutora.

E as árvores a serem acarinhadas por uma brisa de seda

e a brisa a envolver-nos em amores que traz do Olimpo,

tão ousados quanto divinos e extremosos...

Mas cá estou, sentado apenas sobre os meus pensares,

a imaginar que poderia gozar de um lugar ameno...

A brisa talvez passeie fora sobre edifícios

de cimento impiedoso e tijolos

tristes. Luze um sol

inconcreto,

enfim...