Meu Barquinho de Papel

Em águas calmas navega,

Sem ter um rumo traçado.

Segue o rio, vai às cegas,

Nas águas onde foi jogado.

Vai barquinho, vai ligeiro,

Segue do rio, a correnteza.

Esse barco não tem barqueiro,

Mas leva uma grande beleza.

Tem uma poesia escrita

No papel em que foi feito.

São as palavras mais bonitas

Que brotaram do meu peito.

Então deixei o barquinho

No rio, a navegar.

Receberá meu carinho

Quem um dia o encontrar.

E o barquinho no riacho,

Navegando com esse lema,

Carregará rio a baixo

O meu mais lindo poema.

(Lenir MMoura)