Sobre a origem da angústia

O meu trovão é o seu choro

Amor, duvida do que diz esse coração?

Saiba que o ódio é uma expressão da ignorância

Está permeado em desespero cortante

Enquanto que sua incredulidade pode ter um pouco de sabedoria

É o vento, esta força nobre, que dança para mim

Brinca e roda com a dor do amor e da esperança

Mas o que brilha em mim é um reflexo de suas virtudes

Meu devaneio, tão longe, é um doce delírio que te pertence

Pois há dias em que fujo da sensibilidade

E então chamas poderosas fluem em meu espíríto

Tanto é o amor que tenho por aquilo que sou

Todos sabem como é negro o caminho para dentro de si

Tão fácil é apontar a verdadeira direção

Difícil é trilha-las como previsto

O sublime seria um beijo perfeito e demorado

Mas a perfeição é algo sempre a frente

Assim, sou apenas um solitário vazio

Talvez astro no universo sem luz, o que seria?

Me deito com o relâmpago apagado e silencioso

Está tudo bem. Pois que tão rápido é sua despedida

Vejo que aqui, dentro de minha alma, cresce um mentira momentânea

Desque quando tento ter o que não me pertencerá

Torna o meu coração um poço sem fundo

Em uma eterna queda para o conhecimento do fim próprio

Pássaro das Palavras
Enviado por Pássaro das Palavras em 15/09/2008
Reeditado em 16/09/2008
Código do texto: T1179996
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