A visão realista do amor
Querer respostas rápidas para questões que me afligiam,
Podia não ser a melhor opção, pois estas nunca vinham,
E mais uma vez, pra mim mesma eu perguntava,
Como uma pessoa teve a audácia de dizer que me amava,
E me derrubar por completo, me ferindo de tal forma?
Parece que todos eles combinam e agem com uma norma.
A verdade é que parte do que eu sentia e de mim se quebrou,
E somente um único e solitário pensamento restou:
“Eu pensei que era mais fácil sermos nós dois”,
“Não, não era porque você sempre me deixava pra depois”.
E eu ficava a com minhas lembranças rancorosas,
Escrevendo feito uma boba, cartas de amor e poesias melosas,
A paixão era a verdadeira identidade da ironia,
E seus sorrisos eram lágrimas camufladas da alegria,
E suas palavras bem ditas ou mal ditas,
Se tornavam promessas utópicas de ações cometidas,
E o choro era o silêncio dos perdedores,
Que à noite, nos seus travesseiros, derramavam suas dores,
Ficando a imaginar mil e uma cenas de amores cor-de-rosa,
Pra alimentar suas e minhas ânsias de muita prosa,
E finalmente eu cheguei a uma conclusão:
“De que uma ação feita pode modificar o mundo,
E uma palavra muda o sentimento mais profundo,
E assim, a rosa que antes perfumava o ambiente,
Passa a ferir com seus espinhos quem os sentem”.