Vazio

Lavando com duvidas as dividas

Tomando as devidas providencias

Desce o amargor o beco da alma

E na palma a merecida escuridão

Devaneios vãos em conflito eterno

Fazem um torpe pensamento aflito

E um grito de dor rasga a mortalha

Fazendo gelar os sombrios confins

Por vales tortuosos em tempestade

Que pela metade acende o medo

Vão todos os segredos guardados

Revelados em hora inoportuna

Iniciando um tumulto de desejo

Fazendo o ensejo de tanto penar

Varando essa noite tão vazia

Em que o poeta não sabe amar