TELA VIVA
Adeus verdes invernadas
Da fazenda dos coqueiros
Adeus longas cavalgadas
Dos tempos de boiadeiro
Adeus trilhas dos cerrados
Dos meus tempos de tropeiro
Com os burros enfileirados
Traçava o torrão mineiro
Adeus clarão da lua cheia
Nas noites de serenata
Quando o caboclo vagueia
Ao forte cheiro da mata
Adeus vida de estradas
Cobertas de pó do chão
Vem saudades das boiadas
Na distancia do sertão
Adeus curral da fazenda
No tempo das montarias
A vida tal qual moenda
Moeu minhas tropelias
Meus desenganos e amores
Tambem para traz ficaram
Sucessos e dissabores
Com o tempo se desgastaram