Já me condeno tanto
 
 
Minh’alma grita a incontida humanidade
Que dilacera minha carne a frio em mim
Sobre a sombra clara do turvo preludiar
Em que condenada sou por o nada ser.
 
Condeno-me por ser natural a Mãe Terra
Minha essência sem mascaras e enfeites
Em um surrupiar do amor entregue
Sem medo e dores latentes antigas
 
No infantil agir do versejar da poetisa
A condenação se faz presente, assim
Pela foice que cortar minh’alma doce
Sem piedade, apenas julga-me
 
Não preciso de rótulos e acusações
Entendo e cuido de minhas dores            
Sabendo que assim, me descamo
Para o preludiar do meu renascimento.
 
Samara Lopes
Enviado por Samara Lopes em 08/09/2008
Código do texto: T1167349
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