Já me condeno tanto
Minh’alma grita a incontida humanidade
Que dilacera minha carne a frio em mim
Sobre a sombra clara do turvo preludiar
Em que condenada sou por o nada ser.
Condeno-me por ser natural a Mãe Terra
Minha essência sem mascaras e enfeites
Em um surrupiar do amor entregue
Sem medo e dores latentes antigas
No infantil agir do versejar da poetisa
A condenação se faz presente, assim
Pela foice que cortar minh’alma doce
Sem piedade, apenas julga-me
Não preciso de rótulos e acusações
Entendo e cuido de minhas dores
Sabendo que assim, me descamo
Para o preludiar do meu renascimento.