Passarinho Poeta
Rouxinol em gaiola
Canta versos que não se entende
Do mesmo vou escrevendo
O que o poeta diz: vivente!
Que exalta a dor
Alimenta o amor
Como alpiste para o passarinho
De pouco em pouco...
Vou da alegria decente
Do nascente ao morrente
Brinco de servo e rei
Mesmo que o meu reino
Se resuma aos limites das grades.
Grades...
Grades sempre alargadas
Pela mente de quem sabe usar-las
E as usa para viver
Mesmo que atos da vida
Se resuma a cantar como um rouxinol...