Esferas do Acaso
Estou cansando de viver
Nesta esfera vazia de
Turnos e returnos de
Túmulos vivos que atravessam
A noite como zumbis no cio....
Não tenho medo de sonhar acordado
Quero conquistar meu espaço
Não em Brasílicas das avenidas prosaicas
Busco o lugar comum
Nas malhas das iguarias
Ricas em vitaminas “E”
Quero brincar como saltimbanco
Em lares fantasmas esquecidos
Pelo relógio da vitória...
Quero escutar a dança dos
Acrósticos zeppelinianos em furnas vitalícias
Abençoadas com grito da poesia do pé no chão...
Quero poetisar seus olhos
Em ternuras tingidas em parapeitos Persas
Em um modesto gosto de fruta mordida...
Não as escolhas vazias para o crepúsculo
Só quero empunhar minha espada
Em batalhas brancas...
Não as reles aparências
Que reinam em pedaços
Da nova historia urbana...
Não quero falsos codinomes
Para capelas sistinas
Erguidas em corações humildes
Plantados em salas achatadas
Por verbos que brotam do pântano maldito
Esquecido até por Deus...
Estou feliz em ver a aurora
Nesta esfera de luz feminina de
Dias e noites
Escritos em acasos protegidos
Pelo nascer de cada instante...