CROMO NATALINO

Casa de porta e janela,

vão estreito, chão batido.

A vida é mansa e singela

nesse sertão esquecido.

A natureza, ele e ela,

o filho há pouco nascido.

Na latada, uma panela,

as trempes - ferve o cozido.

De tempo o tempo se infesta,

qualquer data é sempre igual,

qualquer hora é igual a esta...

Mas um dia em festival

a natureza se apresta

e eles se lembram: - Natal!...

(Do livro - Cantigas de Fuga ao Tédios)