A ROÇA
Um andar macio nos carreadores
Um correr apressado
Já é dia, no farfalhar das árvores.
O beija-flor numa sinfonia estressado
O perfumado milharal cultivado
O riso do horizonte num favo de mel
Um canto triste do arado
O animal com fome come papel
Tudo o que para o dia permanece
Nas lonjuras dos campos
O tempo do trigo agora fenece
Nas palmas calejadas do trampo
Sol escaldante, a água morna da lagoa.
Espera, trazendo o reflexo azul do céu.
Tudo passou rapidamente à toa
E, no entanto o caminhar ficou ao leu