Pássaro

Pássaro livre e tão distante

Ouço sempre teu cantar

Nâo sei de onde vens

Nem como és

Habitamos mundos diferentes

Nâo terás minha morada

As portas de minha alma estão fechadas

Chegaste tão tarde

As ilusões já murcharam

Nada tenho para dar

A não ser meu cansaço

Quero que cantes em campos verdejantes

Em que novas flores

Se abram a cada instante

Serei para ti sombra

Verei teus vôos rasantes

E que nunca te atinja

A dor do eterno desencanto

Maria Socorro Costa
Enviado por Maria Socorro Costa em 22/08/2008
Reeditado em 24/08/2008
Código do texto: T1141444