Uma Lágrima Tardia
Onde estava quando
Minha alma se fragmentou
Em episódios vulgares
Rasgando minhas idéias
E deixando-as ao léu
Onde estava meu birô de ilusões
Quando deu suas cartas geminianas
Expandiu minha célula fonte de
Acrósticos curtos quase celestiais
Sem indagar um terço da minha
Infância ou daquela curva que fechou
Em meu minuto santificado!
Quem és tu que tange minha moeda
Em máximas cansadas desta caçada
Sem presa fácil...
Quem és tu que envia chuva
Para lavar meu critérios insólitos
Na busca da lâmpada sagrada...
Onde estava quando mais precisei
Da sua bíblia escrita a ferro e fogo
Em experiências por vezes lamentáveis
Mas vividas nas mais altas
Cúpulas do processo individual
Em botecos obscuros do seu
Próprio semelhante...
Onde estava quando pise fundo
Na lama indigesta do oriente
Quebrando minha aura em
Pedaços que até a terra recusou
Por ser adubo, mas sim semente!
Estava ao teu lado
Enxugando tua lágrima que caia!