A CHUVA
Deitada na rede, inspiro o aroma do campo
O cheiro de terra molhada, está por todo canto
Gotas escorrem das flores, que sorriem agradecidas
Acariciadas pelas borboletas, zanzando entorpecidas
Pássaros cantam, saudando a natureza renovada
Invocam uns aos outros e partem em revoada
O sol, em seu ocaso, ajoelha-se em reverência
Convocando a Lua, que já está na adjacência
Descalço meus pés, para sentir a terra
Embevecer-me da energia que se aferra
Despir-me dessa impureza impregnada
A chuva lavou também, minh’alma abnegada
Trouxe consigo a nostalgia e a lembrança
Ai que saudade, do tempo em que eu era criança!