MOTE: INVERNOS 
 



Invernia

Espectros bamboleantes revestem a terra
E divisam-se por entre sombras
que a invernia tece
 Frio manto  inerte que toma as cores
escuro de breu ou branco de neve
ou vendavais caudalosos
que arrastam e desolam
Desassossegando as grandes montanhas
ou vales abertos ou extensas planícies
que dentro de si escondem vida
submissa silenciosa recolhida da intempérie
que a submete mas quente por bem fornecida
do húmus que o outono preparou 
e assim aguardando os alvores
da primavera quando saindo da materna sepultura
excitante  ansiosa e prazenteira revê
enfim o colorido da terra  que se mostra maravilhoso
E a floresta renasce
As sombras que o vento muda diluem-se
E a terra mostra o seu prazer cobrindo-se de folhagem nova
E chove água miúda por entre tão alegre arvoredo
Acordando as sementinhas que estiveram escondidas
E o ventre avulta para que se abra em dádiva
E toda a natureza explode, e o inverno fez o que devia
A todas as estações compete uma obrigação
É esperança de abundância porque á terra dá regeneração
Os rios sobem os seus caudais as fontes refrescam quem passa
As nascentes estão agitadas na sua fartura
Percorrem os trilhos em cantante alegria
A missão do inverno foi cumprida.
ciclo da vida feito bravura ou ternura     
que a terra recebe com amor

De tta
23-07-08
Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 24/07/2008
Código do texto: T1095771
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