Belezas

Raios despertos, rios nervosos

Talvez, sinônimo de vida

Trazem seu abraço colorido

Devolvendo a alegria, de vagar

Vendo mendigos vagarem

Jornais voando aqui e acolá

Sarnentos esfomeados

Envólucros condicionados

Coletivos abarrotados

Próprio do tempo, ignora

Há ainda aqueles que sonham

Puxa suas horas e apavora

Hão de esfomear-se, que comam

Sal, açúcar, gordura

Integram o tripé edonista

Sangue, resquício primitivo

Sono, lombra

Corpos marejados no calor

Ponteiros incançáveis

A luz se despedirá

Aos poucos

Na areia divisória

Do concreto à água

Daqueles que escapam

De costas ao cinza. Regojizam

Reflexos, cores, balanço

De olhos MARejados contemplam

O esvair, o desaparecer delas

Indicando proximidade

A morte ronda na escuridão

Negrume. Ausência sufocante

Cores

Em seu pôr ou no seu alvor

Mensagem clara, ou escura

Não ignore cada fração delas

Há dia, há noite

Há cor, há morte

Não necessariamente nessa mesma ordem.

leandroDiniz
Enviado por leandroDiniz em 08/02/2006
Reeditado em 09/02/2006
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