Belezas
Raios despertos, rios nervosos
Talvez, sinônimo de vida
Trazem seu abraço colorido
Devolvendo a alegria, de vagar
Vendo mendigos vagarem
Jornais voando aqui e acolá
Sarnentos esfomeados
Envólucros condicionados
Coletivos abarrotados
Próprio do tempo, ignora
Há ainda aqueles que sonham
Puxa suas horas e apavora
Hão de esfomear-se, que comam
Sal, açúcar, gordura
Integram o tripé edonista
Sangue, resquício primitivo
Sono, lombra
Corpos marejados no calor
Ponteiros incançáveis
A luz se despedirá
Aos poucos
Na areia divisória
Do concreto à água
Daqueles que escapam
De costas ao cinza. Regojizam
Reflexos, cores, balanço
De olhos MARejados contemplam
O esvair, o desaparecer delas
Indicando proximidade
A morte ronda na escuridão
Negrume. Ausência sufocante
Cores
Em seu pôr ou no seu alvor
Mensagem clara, ou escura
Não ignore cada fração delas
Há dia, há noite
Há cor, há morte
Não necessariamente nessa mesma ordem.