POEMINHA DO AMOR PERDIDO
Deixarei que escapes.
Que se perca onde eu não me ache.
Não te pedirei mais nada
porque saber que estás,
mesmo desconhecendo aonde,
já me basta.
Não verei nem pedirei para ver o teu sorriso.
Olharei as fotos e colocarei paisagens na tua face
para demarcar com tinta fresca os nossos descaminhos.
Não se desculpe
Não precisa.
Eu entendo tua ausência
porque tenho o mesmo relógio sem ponteiros
para registrar tuas chegadas inesperadas e rápidas.
Chegadas que não alcanço
porque não posso tocar
teus passos de garça.
Estou perdida na saudade
e sublimada na tua imagem intacta
de três dias ou mais.
Vou olhar para o outro lado da calçada
nem imagino a tua presença como sentença
no querer que nos afronta.
Esquece.
Já estou tão distante
que nem ousaria te pedir um toque.
Vou tentar ser a brisa que te envolve
e nunca a tempestade louca que te faz sentir frio.
Me acalmo enquanto mastigo o chocolate meio amargo
que tem sabor parecido com o deste amor perdido.
Dorme.
Já não te espero.
Ando cansada demais até pra ti.
Mas não te esqueço.
Te coloco no travesseiro
antes de pensar em dormir.
Meus sonhos te aninham
como pássaros em bando que temem perder o rumo.
Queria apenas te ver um pouco mais e sei que não podes.
Assim, desiludida e torpe,
quase embriagada pelo teu cheiro de floresta virgem,
caçoo de mim mesma.
Desta minha mania de te perder
e de te ver partindo.
sem tentar um gesto sequer
para remover as amarras que nos prendem e não nos deixa ter liberdades.
Vivemos, assim, nas masmorras dos nossos êxtases,
tentando acreditar que a sexta-feira foi miragem
e o deserto é logo ali.
Beijo-te pequenina.
Tenho medo de tocar a tua face de menino com barba por fazer.
Tenho medo de pensar-te e até de morrer-te
enquanto as luzes do quarto permanecem acesas
imitando o dia prestes a chegar.
Vai.
Já estou mesmo de partida.
Perder-te é o meu destino,
o precipício no qual me atiço
sem tempo para sentir o choque de chegar ao chão.
Deixarei que escapes.
Que se perca onde eu não me ache.
Não te pedirei mais nada
porque saber que estás,
mesmo desconhecendo aonde,
já me basta.
Não verei nem pedirei para ver o teu sorriso.
Olharei as fotos e colocarei paisagens na tua face
para demarcar com tinta fresca os nossos descaminhos.
Não se desculpe
Não precisa.
Eu entendo tua ausência
porque tenho o mesmo relógio sem ponteiros
para registrar tuas chegadas inesperadas e rápidas.
Chegadas que não alcanço
porque não posso tocar
teus passos de garça.
Estou perdida na saudade
e sublimada na tua imagem intacta
de três dias ou mais.
Vou olhar para o outro lado da calçada
nem imagino a tua presença como sentença
no querer que nos afronta.
Esquece.
Já estou tão distante
que nem ousaria te pedir um toque.
Vou tentar ser a brisa que te envolve
e nunca a tempestade louca que te faz sentir frio.
Me acalmo enquanto mastigo o chocolate meio amargo
que tem sabor parecido com o deste amor perdido.
Dorme.
Já não te espero.
Ando cansada demais até pra ti.
Mas não te esqueço.
Te coloco no travesseiro
antes de pensar em dormir.
Meus sonhos te aninham
como pássaros em bando que temem perder o rumo.
Queria apenas te ver um pouco mais e sei que não podes.
Assim, desiludida e torpe,
quase embriagada pelo teu cheiro de floresta virgem,
caçoo de mim mesma.
Desta minha mania de te perder
e de te ver partindo.
sem tentar um gesto sequer
para remover as amarras que nos prendem e não nos deixa ter liberdades.
Vivemos, assim, nas masmorras dos nossos êxtases,
tentando acreditar que a sexta-feira foi miragem
e o deserto é logo ali.
Beijo-te pequenina.
Tenho medo de tocar a tua face de menino com barba por fazer.
Tenho medo de pensar-te e até de morrer-te
enquanto as luzes do quarto permanecem acesas
imitando o dia prestes a chegar.
Vai.
Já estou mesmo de partida.
Perder-te é o meu destino,
o precipício no qual me atiço
sem tempo para sentir o choque de chegar ao chão.