HORIZONTE

Bem rente ao horizonte

Tangente aos pinheirais

Vejo distante no céu se apagando

Um adeus de nunca mais

E magoado, observo a Lua

Reflexiva, antes da hora de ali estar

Contemplando comigo céus ebúrneos

Num estonteante perder-se por castigo

De ali não estar dias atrás

Mas de tão grande essa melancolia

Faço-me contente, pelo legado a que me traz...

Nas primícias daquele anil arisco

Na vermelhidão que agora se faz

De encontro a um novo horizonte

Vou de encontro à minha paz