O que sobrou de mim...
O que restou de mim está no silêncio
Na solidão das horas em que me perco
No dia seguinte a noite mau dormida
Na longínqua distância do teu olhar...
No fino tecer de um pensamento
No vento cortante que me sangra
A fadiga de uma vida que não sonha
No sonho esquecido onde me perdi...
O que sobrou de mim ficou nas palavras
Aquelas que dissestes feito navalha
E aquelas que ocultastes sem firmeza
Aquelas encarceradas dentro de mim...
Que não canta,que não grita...
Restou um frágil desencanto da vida
Uma desilusão cruel sem fim...
Wander Almeida
13/07/2008