SAL
Pensava naquele dia
no qual brincávamos de
misturar sal e tequila.
Foram tantas as vozes e vezes
de amor pontuados
que já não enxergo
o sol surgindo ao amanhecer.
Calei suave o meu sorriso.
Aprendi a falar muito
para não ouvir mais nada.
Assim, derramada no sal
das lágrimas
pareço mais próxima do fim.
E, sem querer esquecer,
brindo a dor de ter sido
apenas uma guia
mal feita
pelas suas mãos de quase pai,
quase santo.
Iza Calbo
Enviado por Iza Calbo em 11/07/2008
Reeditado em 22/02/2021
Código do texto: T1075822
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