SERRA DA CANTAREIRA
Através da minha janela
Ela imponente e poderosa
Invade meu quarto, minha manhã
Eu que ando tão triste, angustiado
A serra verde colore meu ser
Serrado pela bílis negra
Eu que cerrei meus olhos
Para não ver as construções
Que serrilham seus pés
Atrás do branco véu da cerração
Matutina sua beleza atina
Com progresso que não se encerra
À noite a serra divide sua atenção
Entre seu teto cerrado
Por estrelas e a lua, a tua lua
E minha face serrana
A admirar, observar a estrangeira Serra da Cantareira
Poesia
se é que há
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