ESTAÇÃO
Vai-se o outono no hemisfério,
fica a saudade: Do verão,
pra quem amou,
pra quem descobriu o amor,
de quem se foi,
pra quem ficou.
Ao largo do horizonte,
a nevoa seca prenuncia o frio,
que sucede as folhas mortas,
que antecede a nova vida.
Será de paz nosso caminho?
Será de luz a nossa estrada?
Quem dirá se somos flores,
ou folhas caídas ao chão,
se efêmeras vidas floridas,
não vêem chegar o verão.
A existência e tão frágil,
um flash, uma miragem,
nem o verão mais quente,
nem a alegria da primavera,
nem o lírico outono,
torna mais longa nossa passagem.