SINOS DO TEMPO

Quem ouve o sino do tempo,

esquece os próprios passos,

diz adeus ao sorriso,

quando a alma perde a matiz.

Não importa o passar dos anos,

se o carinho que espalhou rosas,

perdeu-se em seus espinhos,

perdeu em sua dor,

e em silencio, chorou pelo caminho!

A lembrança surda, do pião festeiro,

e as estrelas das noites de inverno,

são paginas inertes, flashs tristes

do entardecer sem luz da vida.

Embora o beijo dos dias,

queira te impor desafios,

não há o gosto da esperança,

mas o amargo dos que ficaram...

Para que olhar o horizonte,

quando se pode contar o tempo,

olhando folhas mortas no chão.

Quem ouve o sino do tempo,

sussurra bem dentro de si,

soletrar de desatinos,

entre lagrimas de solidão.

Não são magoas da existência,

essa angustia por ter que seguir,

pois o mesmo sino que nos traz os dias

vai anunciar a nossa eterna paz também!

Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 21/06/2008
Reeditado em 28/07/2010
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