Meu armário... minha alma

Meu armário minha alma...

É tão cedo para uma despedida...

O presente abre as portas do passado

E sombras, palavras, gestos, olhares, chuvas e músicas

Tão bem guardadas caem do meu armário...

Caem em sinal de excesso...

É dócil sentir e ver todas essas formas palpáveis

Rolando alma abaixo, adentro, acima, ao lado, por fora, pelo avesso.

É como se pelo e em excesso eu tivesse que por horas tocado a alma da vida

É doído sentir essas mesmas formas caindo e de mim se despedindo..

É como se meu armário fosse um brinquedo que a gente brinca quando criança,

Se lambuza, se perde, se guarda, se protege, se ama, se entrega, depois a gente cresce e esquece aquele brinquedo

É tão cedo para uma despedida...

Queria mesmo era guardá-lo trancado em meu armário com todos os excessos

Dayanne Timóteo
Enviado por Dayanne Timóteo em 21/06/2008
Código do texto: T1044773
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