O culto das insanidades
A forma de cultuar antigos anjos,
De zombar de Zeus com palavras insanas,
De pisar em meus olhos com destrezas humanas.
De falar coisas doces,
De pele... de sangue...
Do incrível inferno de Dante!
Das sete maravilhas do mundo, errante.
Das mil e uma noites sem dormir
E das muitas músicas, existentes por aí.
Dos sonhos de muitos anos atrás!
Das coisas que se foram e não voltam mais.
Dos príncipes que viraram sapos,
Dos nós que viraram laços,
Dos prantos que pedem abraços,
E das estradas que pedem mais passos.
Dos meninos que pedem carinho,
Das dúvidas que pedem caminhos,
Das perguntas que pedem respostas,
De mim, que espero propostas,
Das poesias que sonham com rimas,
Da imaginação que sonha com imagem,
Mas rima com ação.
É por tudo isso
Que poetas morrem do coração.