DE REPENTE
De repente, a paz que eu tanto esperava
Chegou afinal ao meu coração
E aquele amor que ali habitava
Passou a ser uma mera ilusão
Valeu enquanto durou
Foi bonito, envolvente
Mas com o tempo se transformou
Em algo comum, somente
Acabou-se a volúpia, o tesão,
A ânsia da chegada com arrepios,
Restou apenas algo sem emoção,
E os toques ficaram arredios
Agora, junto com a paz veio o vazio
A sensação da perda, a tristeza da separação,
E dentro de mim, ficou um imenso frio
Ansiando que venha logo o calor de outra paixão!
Vitória-ES
22.02.2004