Uma noite de fim de inverno
Sentado ao pé duma árvore desfolhada
Procuro no céu escuro a estrela adorada
Que reluz nos momentos de desilusão
E faz crer que o sentimento vence a razão,
Mas vejo apenas duas estrelinhas a cintilar,
Assim como escrevo o que não sei acabar.
Elas permanecem únicas e tornam-se amadas,
E o vento laboroso faz balançar as galharadas
Não a encontrei, bem ou mal, esperará o coração
Pelo realizar do que antes era imaginação.
A música da alma e da natureza sempre vibrarão
Para que noutra noite de fim de inferno possa me alegrar
E até mesmo chorando, possa me emocionar!