VERDE-MAR
No cansaço dos meus olhos
E quando a minha alma busca
A calma da Serenidade,
Procuro pousar o Pensamento
No verde-mar que me rodeia:
- no verde da árvore,
da floresta
e da planta rala.
Sou, então,
A folhagem daquelas árvores
Que o vento balança e leva
Para uma viagem maravilhosa.
Sou o repasto do chão,
Que o gado devora
Como alimento bendito e sagrado.
Sou a copa das grandes árvores
Da floresta,
Que se estendem com majestade
E se abrem para a imensidão
Do Céu.
Minha emoção, meu pensamento
E minhas sensações,
Parece que encontram
- ao mesmo tempo -
A Serenidade da VIDA
E a grandeza de DEUS.
Repouso assim, no Silêncio,
E sinto-me parte integrante
Deste verde-mar,
Que o Vento transforma em ondulante
cachoeira,
E que o Sol se encarrega de multiplicar
No verde de vários tons.
Sou assim, então
- a maior e a menor expressão
da Vida
envolta em Serenidade.
E, se, de repente, eu adormecer
O meu olhar para esta Vida,
Sei que ainda hei de sonhar
Com o verde-mar
Embalando
A suavidade do meu sono
eterno
Na lembrança mais pura de mim mesma
No Seio amado de DEUS.
Saleti Hartmann
Cândido Godói-RS