ENDIABRADO

Qualquer palavra lhe confunde,

seria muito mais fácil converter

o episódio simples ao invés de compor a ignorância,

tolerância é para poucos,

para os que pensam,

imaginar me retrucar é cair na minha teia,

lhe falta capacidade, escombro vazio.

Vejo o tanto que me torno forte

o quanto minhas palavras são poderosas,

recolho o sistema mais nervoso longe de veias cerebrais,

observo seu explodir de uma forma totalmente encolhida.

Aperto sufoca os dentes ainda tortos,

convidado a lixar me mostro como o pato não molha.

Estampar o resto do rejunto é utilizar a sobra,

faiscada, desconserta pingos de soda ácida.

Sacolejo seu pescoço até asfixiá-la,

não sou assassino, mas me transformo em enganador

nas noite estranhas, amargas sem lua, estrelas de não ver.

Acossando suas arranhuras,

sinto com a língua ainda quente seu sangue voltado a garganta.

Fede!

OSMAR ZIBA
Enviado por OSMAR ZIBA em 24/05/2008
Código do texto: T1003794