O HOMEM-VERME. (verme-homem)
A cidade amanheceu,
Que com ela amanheci,
Como ela despertei no mundo,
Que mundanamente
Abre seus braços,
Para pouco a pouco
Esmagar-me,
Como verme que vai
Pelas ruas rastejando,
Pelo pão de cada dia lutando,
E por ela morrendo,
Não pelo pão que sacia a fome,
Não a cidade abre seus braços,
É Pelo mundo
que esmaga ao homem.
O homem-verme,
Ou verme-homem,
Vai morrendo pela amanhecer,
Que é tão lindo ao nascer,
Homem-verme,
Que é tão lindo ao morrer,
Verme-homem,
Mas pela vida vivendo,
Vai se infecciosidade
nos Verme-homens.
Como o Homem-verme,
Ou o Verme-homem,
Como inseto,
Que voa,
Tão sublimemente voa,
E pousa,
Nos restos de Homem-verme.
(D`Eu)