O HOMEM-VERME. (verme-homem)

A cidade amanheceu,

Que com ela amanheci,

Como ela despertei no mundo,

Que mundanamente

Abre seus braços,

Para pouco a pouco

Esmagar-me,

Como verme que vai

Pelas ruas rastejando,

Pelo pão de cada dia lutando,

E por ela morrendo,

Não pelo pão que sacia a fome,

Não a cidade abre seus braços,

É Pelo mundo

que esmaga ao homem.

O homem-verme,

Ou verme-homem,

Vai morrendo pela amanhecer,

Que é tão lindo ao nascer,

Homem-verme,

Que é tão lindo ao morrer,

Verme-homem,

Mas pela vida vivendo,

Vai se infecciosidade

nos Verme-homens.

Como o Homem-verme,

Ou o Verme-homem,

Como inseto,

Que voa,

Tão sublimemente voa,

E pousa,

Nos restos de Homem-verme.

(D`Eu)

Sidnei Levy
Enviado por Sidnei Levy em 06/04/2005
Código do texto: T9996