O SONHO RECOMEÇA
E agora, o sonho recomeça
E a utopia passa a ser
Uma viagem escassa
Que termina num copo de vodka
E agora, todas as palavras
Trazem a beleza dos acasos
Celebrando as bocas que se abrem
Para receber a acidez do fruto
E agora, o prenúncio do gozo
Vence a frágil realidade
Diante da podridão humana
E dos enigmas que devastam a esperança
E agora, não há nada incaptável
Na superfície do mundo
Quando a sina é vomitada
No pó das estrelas
E agora, nada é solidão
Diante do vazio
Que se enche de eternidade.