Quiça
Lágrimas o fel de mim
Perdido, iludido
Um novo filho do carbono
Que está a se putrefar a cada segundo
E o tempo, quimera da juventude
Me corrói me consome
É meu estigma
Cravado em meu peito
Feito estaca
E como um vampiro
Feneço a luz do dia
E as palavras de outros,
Minha agonia
Me atiro,
Me retiro,
Me faço homem,
Me faço menino.
Transito em mim
Focado em buscar
O elo à me ligar
Mas os nós desatados
De meus pensamentos
Rasgam minhas entranhas
Minhas vísceras se dissipam em mim
Análogo ao nada
Eu sigo
E o fim da estrada é
Sempre um novo início