Regresso da NAU
Nau já tristemente desarmada,
não serás mais, por todos sonhada;
Perdeste a graça da quilha à proa,
na bela cidade de Lisboa.
A terra de naus e marinheiros,
belos fados, dias soalheiros.
Quem te desfrutou… e te largou,
foi triste fado, que te cantou.
Sonha a liberdade a toda a brida,
não queiras ser a nau esquecida.
Navega na tua poesia,
faz dela a suave maresia.
Não lutes nas ondas da maldade,
faz rumo apenas à verdade.
Cria no sonho a tua vida,
serenamente serás querida.
Iça em ti a bandeira da paz,
mostra humildade em tudo que dás.
Ruma ao sonho em bela viagem,
mostra ao mar a tua coragem.