O Tédio

© Soaroir Maio 17/08

(para o mote do dia: "Poesia on-line" do RL)

Quando a sombra do tédio de mim se aproxima

Refletindo, escura, em minhas telas,

Por ventura em branco,

Abro todas as cortinas, janelas e quantos forem os vãos

Aonde a luz possa espantar tal assombração.

Mas se for noite, sem lua e sem estrelas,

Logo acendo outras chamas que alumiem

Minhas pinturas e minhas fotografias

Minha paleta repleta e todos os meus esboços.

E ainda,

Tenho num canto um velho candeeiro

Para que se por dinheiro me faltar a luz

Eu deite nas linhas de muitas laudas

As entediantes pautas do fastio.