Amora
Nasceu miuda
Tão delicada
Folhas inteiras e lobuladas
Cor do ébano
Observada todos os dias
Pelos olhos pretos da menina
Dava dó de pegar
Erguia os pézinhos
Não conseguia alcançar
Numa manhã ensolarada
A menina foi sua amora olhar
Chegando na amoreira não encontrou
Doce fruta que tanto a encantou
Rolou de seus olhos uma lágrima
De tristeza e dor
Anda agora a procura
De um novo e doce amor