Ela
Ela passa feito furacão na multidão alagada
Ela treme a terra entre seus passos calados
Ela engole com os olhos famintos
Doce veneno que a encobre.
Doces lábios que extinguem.
Ela toca inundando sentimentos
Ela não deixa rastros
Ela promove paixões
Ela é batom vermelho que enfeitiça, as unhas que cravam...
Os cabelos ao vento que incendeiam
Na mente sã ela domina
No poder meio-humano ela delira
Ela mulher, ela menina.
Ela amante, ela alucina.
Sob a lei de seus passos
Ela em corpo, ela mente.
Ela é verdade, ela entorpecente.
Loucura envolta de uma simples mulher.
Fevereiro de 2006