Sintonia do luar...
Se ouvires a voz do vento que passa entre as cortinas das janelas, o que sinto ainda não foi escrito na dimensão do infinito, capturar a essência da alma de um sonhador.
Como livro vazio sem histórias para contar, vaguei no espaço...
A incerteza me faz renascer, do sonho incontido, descrevendo a beleza do amanhecer, no sol poente entrego-me, embriago-me com perfume da noite, além da fronteira do amor.
Apague as luzes que o luar nos iluminará cuja chama acende com o amor que do peito emana.
É preciso dar ênfase, se existe vida do outro lado do horizonte, abro as porteiras que estão fechadas, sem derrubar, sem ferir e sem machucar, quisera regressar no tempo e semear flores, sem me importar com as marcas do espelho que acusam sofreguidão, apenas colher aromas de baunilha e mel ao som de violinos ao luar, cantando o amor em verso e prosa, a sensibilidade vazando e deixando notar sem vacilar.
Ó Lírio do vale perfuma-me na sintonia do luar, teu aroma tomou-me conta do olfato, como sugar da brisa meu sustento.
Rabiscos no papel, senão o coração explode viverem breves emoções, em cada som escutará um canto, outras estrofes sem rimas, sou maestro de minhas aspirações...
Se pudesse me transformar em chuva, seria feito garoa mansa, encharcando corações de amor, como gotas de orvalho espalhando ao chão.
Desenhei um sorriso maroto nos lábios teus...
Escrito em: 22.09.2005
Por Águida Hettwer