Outro Pequeno Elogio à Loucura
Quando se abre a luz sobre os lunáticos
E reverbera nos maníacos a loucura
Qual como feixes incidem nos depressivos
Tal fossem clarões aos obsessivos
Que enfoquem apenas os fanáticos
Para delirio dos compulsivos
Que em gargalhadas e lágrimas
Se abracem os transtornados
Na sua onírica procura
Na masmorra da mente
Prisioneira e demente
Tão vazia, tão escura
Nunca sacia esta secura
Cuja sede somente acalma
Nos perigosos desvãos da alma
Ah! Nietzsche, vem agora
Beber nessa fonte delirante!
E encontrarás a água fresca
Que em vida, procuraste incessante. L U C I A N O
maio/2008