Dueto CAMINHOS / PROPOSTA

CAMINHOS

Por onde quer que eu vá

levarei comigo a tua lembrança

Marcaste a tua presença

deixaste teus cheiros

tatuaste tuas pegadas

nos terrenos do meu coração.

Sei que também seguirei contigo.

Quando a noite chegar e sentires a

presença da solidão lembra

que dançando entre as estrelas

eu sou a lua a te espreitar.

Quando o silêncio te envolver

saiba que sou a música

que estribilha as notas da quietude.

Sou aquela brisa amena

que te acaricia os cabelos

e o tremor que agita teu corpo

nas horas

em que me materializas na memória.

Sou o teu mais sentido pranto...

a própria saudade que te abraça

e te afaga o peito em doce acalanto.

Sou a lembrança do amor

que o tempo não apaga e a distância não mata.

Ficarás em mim e estarei em ti

como a aurora e o arrebol...

Serei sempre aquele rouxinol

a cantar na tua janela.

Sonia R.

rpo-sp/mar_2003

PROPOSTA

Onde quer que vás

leva-me contigo em tuas lembranças...

Leva as marcas deste amor,

os sabores e os odores,

e os sulcos d'alma,

traçados em fogo e paixão.

Seguiremos assim juntos, sempre.

E se à noitinha a insônia bater,

se entre as pálpebras rolar saudade,

pensa que n'algum lugar está a doer,

um coração a esperar o reencontro da felicidade.

Se um silêncio tomar teu momento,

lembra-te dos sons dos sinos

e o brindar de auréolas quando juntos ficamos.

Beijarei então os teus lábios na brisa amena,

aquecerei o teu corpo com raios de sol,

sentirás enfim o pulsar de amor e de vida,

no rememorar do que encontrarás adiante,

serás então, minha amada, a mais querida,

sobretudo venerada e desejada amante.

Ainda que soluçares em mágoa triste,

lembrando-te do nosso adeus,

sentirás em teu peito um pulsar mais forte

e saberás que estás nos sonhos meus.

Sou a eterna lembrança de amor

do jeito mesmo que és pra mim.

Não há tempo que extermine,

não há pensamento que não reviva,

não há emoções que não se exaltem

e nem esperanças que a findem...

Estarei sempre em ti,

assim como estás em mim.

Seremos por tempo pouco,

os astros Lua e Sol

por um eclipse a esperar...

Mas eternos passarinhos,

Falcão e Rouxinol,

que cansados de voar, um dia,

no mesmo galhinho verde

da árvore Paraíso

certamente irão pousar.

E repousar, ficar e amar e amar...

Amar.

Ivan Falcão

http:/www.milmaneirasdeamar.com.br

Sonia R
Enviado por Sonia R em 15/01/2006
Reeditado em 27/01/2006
Código do texto: T99208