Poemas, Poesias e contos (agrupados)

Poesias em outros fóruns

Tuas fragrâncias

Rosas tão delicadas,

Perfumes tão servis,

Meu coração debruça,

Em teus seios em pétalas, sentindo o

Aliviar em tuas fragrâncias,

Como pode evento tão

Formoso, soltar tantos bálsamos

E ter muitos espinhos,

Ferindo a quem desejar o bem...

Embriagado pelo seu manto,

De glamour, poder e beleza,

Prende-me aos teus encantos,

Apaziguando o meu coração,

Nesta canção de ninar,

Neste aroma de repousar,

Soltas tuas dormências,

E não me deixa partir,

Minha derradeira morada

Quando este corpo cansado recuar a humilde mãe terra

Este coração irá diminuindo em uma cantiga num só ritmo...

Os olhos calmamente irem fechando, após um leve sorriso

Viverei, numa outra dimensão, mas viverei...

Estará sendo completada a minha obra, a derradeira final

Com muita modéstia serei recolhido a uma cama flutuante

De rosas, jasmim, tudo que a vida me negou, chega agora no fim. A família reunida, os filhos juntos, a presença constante da mulher.

Ao meu lado direito ela chora levemente pétalas de rosas, com um lencinho na mão. Ao esquerdo os filhos, alguns ainda não alcançaram o que está ocorrendo.

Nos meus pés, os amigos de partido político, da igreja, colegas de trabalho todos ao meu redor.

Todos responsáveis por este momento importante para mim.

Viverei com toda a honra, serei levado num carro preto e em um palco todo envernizado, pelos colegas até a minha definitiva morada. No trajeto os bares fecharão a meia porta

em sinal de respeito, lembro-me do meu casamento.

Já estou vendo dois anjos na porta com duas cornetas anunciando minha chegada

Viverei neste lugar florido cheio de silencio e luz.

Aqui receberei finas flores, de vez em quando visitas, aqui eu serei um homem bom, bom pai de família, marido leal.

Quanta honra, quanta badalação tudo que eu queria em vida, me chega agora no fim.Viverei...

No abstrato do poeta

No abstrato só vago,

Pela brecha a procura,

de um vão de luz,

Mas a porta está trancada,

Incidências ocorrerão,

Molestarei a mim mesmo,

Ofertar-me-ei como oblação,

No conselho serei condenado,

A viver sina dos poetas,

Resistindo o destino,

E não negando os fatos,

Com as mãos calejadas da caneta,

Vou escrevendo os poemas,

Se a inspiração vem elevo-me,

Senão, passo a deseja-la mais,

Ela é austera, mas não abandona,

E gosta de viver solta.

Mulher amada

Quero,

Amar, embolar nos seus cabelos,

Viver, ter prazer, andar de mãos dadas com você

Quero renascer, aparecer, não perder o amor e sofrer

Completar-me só pra ti amar

Quero, querer ficar todo dia com você

De manha, durante o dia, e a noite

Ficar ao teu lado

Respirando a teu ar

Quero o encanto

Ti beijar, burilar, ascender de prazer

Mulher querida, a mim, só assim

Prazer sem fim

Deixe os outros olhar, invejar e praguejar

Eles não sabem o que é amar

Enquanto tudo isso acontece

Meu coração estará confortado

Vivendo ao teu lado

Sem legado

No passo sem ritmo,

Vaga sem destino,

A vida dos descabidos,

Sem eloqüência, e sem legado

Não há premiação,

Sem o ânimo,

Não há, estão sós

Clamam, e ninguém escuta

Estão no vão da porta,

Só invejam,

E não saem de lá,

Escalaram só até a meio,

E ficaram presos,

O tempo passa,

Mas a vitória,

Se chegar é mirrada,

Eles não querem pagar o preço,

Dor suor e sangue,

Eu acredito no amor

Eu ainda acredito no amor

Eu ainda amo, sem conhecer o calor

Eu sei que sou o ultimo tolo

Que ainda espera com o fervor

Fico esperando alguém que sinta a mesma

Fascinação, alucinação e obstinação

Quando chega a noite, tudo novo

Eu saio na esperança de encontrar o amor

Onde estarás nas praças, ruas, ao relento

Nos pontos de ônibus, bares, na vida

Onde? Que eu clamo e não respondes

Aguardas no silencio vendo-me sofrer

Atende este tolo, salva está vida

Da desmoralização de não amado de verdade

Da vida a este homem louco

Não quero morrer no desgosto

Reviva este insano, não quero morrer no deslembrar

De nunca ter vivido uma estória de amor

Comendador Carlos Donizeti
Enviado por Comendador Carlos Donizeti em 15/01/2006
Código do texto: T99196