Perdão

Perdoas-me por olhar-te e desejar-te.

Perdoas-me por querer tocar-te.

Perdoas-me por sonhar-te nua nos meus braços,

Vivendo doces loucuras de amor.

Perdoas-me porque na minha imaginação

Acaricio-te e, com avidez,

Sugo os teus peitos,

Romãs gostosas, deleite singular.

Perdoas-me porque, encantado, em pensamento,

Sinto o teu hálito a percorrer-me o corpo,

Sinto os teus lábios fazerem-me arrepiar,

Ao tocarem sôfrega e suavemente a minha pele.

Perdoas-me por penetrar-te no âmago da minha imaginação,

Sentindo e ouvindo os teus desvarios no arfar do teu orgasmo.

Perdoas-me por escrever-te esta canção poética ousada,

Símbolo deste desejo expresso, desatino meu.

Perdoas-me pela consciência de sabê-lo (o desejo)

Quase impossível de realizar-se.

Perdoas-me. Mas,- se achares desnecessário perdoar-me,

Deixa-me amar-te não só no meu imaginário.

Barretinho
Enviado por Barretinho em 16/05/2008
Código do texto: T991708