Nada a perder nem a ganhar

Nunca vivi de aparências.

Fiz de algumas conveniências

apenas algo mais que esperado.

Norteei minha vida como um jogo pensado.

Movi com habilidade minhas peças sobre o tabuleiro.

Algum amor, algum dinheiro...

e depois de tantos encontros e desencontros,

uma cara embriagada no espelho,

o olhar lacrimejante e vermelho

de quem nada perdeu porque não tinha o que ganhar.

Espectros de um passado assombrado

pelo eterno medo de recomeçar...

IMBRANATTO
Enviado por IMBRANATTO em 16/05/2008
Reeditado em 16/02/2019
Código do texto: T991598
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