POMBO-ACALENTO
Nos entrenós do pensamento
Eu envio, seguindo o vento,
Que você sempre e mais sorria.
Que teu sorriso quando amarelo
Abra-se rápido ao singelo
Grau máximo de alegria.
Que teus olhos brilhem tanto
Que ao maior do desencanto
Formem raios de serpentina.
Que ao dizer palavras dóceis
Os ouvintes larguem os fósseis
Do rancor, que é mau-ímã.
Logo, soltando-se dos condores
Abraçando-se a teus amores
Àqueles que te querem bem,
Nenhuma tristeza irá suportar
Daqui estarei mais a te velar
Atando nas asas meu amém.