POEMA FAGUEIRO
POEMA LUSO-BRASILEIRO POEMA BRASILUSO
(um carinho de Edson Gonçalves Ferreira) (Tera)
Tenho a alma feito velas pandas * De cá destas bandas
Desde que caravelas saíram do Tejo * De Douro e desejos
E cruzando céus e mares gravaram * Meus olhos levaram
Um fado e um samba em minha alma dolente.* A saudade presente
Sou um pedaço de outroras grandezas * Lá nas profundezas
Sou uma parte de um mundo novo, * Da semente dum povo.
As águas do Tejo e do Amazonas * Sou só colona
viram cascatas, de cantatas,
Cascatas doiradas no meu coração * Só estendo a mão,
Que, de saudade do que foi, chora, * Como quem implora
Orquestrado por violas, violinos e bandolins, * Novos jardins.
Até que esse pranto se transforma na canção* E na alma vão
Que me faz senhor e escravo do amor. * Ecos de sabor
Do amor que devora meu ser carente, *Duma guitarra gemente
Porque eu nasci para amar a Humanidade *Em fados de saudade...
(Obrigada, Edson, por tão tocante e sentido poema, com que comentou as minhas "Trovas da Terra"... Há qualquer coisa no Atlântico que nos liga... ainda...)