Poema intra-sensório
O silêncio frio
Consome a velha ânsia
A eterna ausência
Das coisas que ainda querem ser...
No canto escuro do meu quarto
O livro de capa preta
“Der Antichrist”
Me grita aos ouvidos
E a mão do medo me toca o sexo
Num eterno vir-a-ser...
Depois do gozo tudo é efêmero
Só dura o tempo que quer morrer
Mas, durante a falta tudo se arrasta
E a dor se recolhe para dentro do querer.
Lívia Noronha.