Favo de mel...

Que dos meus e dos teus lábios, sejam como o favo de mel que escorre entre os dedos, adocicado.

No auge da emoção possamos ver aonde o amor conduz, em labirintos coloridos onde à saída pela porta da frente, deparamos entre o céu azul iluminado, nos raios do sol filtram nossas dores e desamores.

Romancear uma história, avivar vidas cinzentas, seduzido no âmago fugaz, ileso em seus princípios.

O sibilar do vento, carregando consigo todo alento, deixando conta-gotas de momentos fluírem feitos à maré.

Embebedar-se com o aroma das flores, extraírem da própria dor o mais sublime verso, ver beleza onde não há como os ciclos da natureza, um dia as folhas caem, para na próxima estação brotar vidas.

Para que teu olhar, não fique mirando a bruma da saudade que lhe invade, ofuscando a vida, que possa amar sem proporções e sem procurar razão para própria existência.

Como as rosas que perfumam a brisa, do amor e seus mistérios.

Escrito no ano de 2005.

Por Águida Hettwer