Único e Insubstituível

Não sei era a cor da lâmina prata

Ou o sentimento fúnebre que me abatia

Assim como uma qualquer apatia

A essa vida mesquinha e vazia

Que usei, nos meus dois pulsos, essa faca

Não vou mentir a ninguém

O corte dói e continua a doer

Mas sua outra dor logo o faz esquecer

Ou será o sangue que de tanto escorrer?

Te deixa fraco, mas se sentindo bem

Perto do final, você sente

Sente algum arrependimento

A falta enorme de qualquer alento

E eterniza cada e todo momento

Que vivera em sua mente

Então você pode apenas se deixar

Liberdade de toda angústia

Deixar para trás toda aquela súcia

E toda aquela dor, por mais que custe-a

Libertar

Agora não é nada mais que uma brisa

Voando por todos os cantos

Observando todos os santos

Ouvindo todos os cantos

Nada mais que uma brisa

Você escuta o tanto que era incrível

Seus parentes, seus amores

Todos que deixou às dores

E chora ao ver tantas flores

Ninguém me avisou que eu era único e insubstituível