Passos errantes
Destino incerto dos meus passos errantes,
no vazio do caminho sigo apressada.
Nada sei do nada que conta meus instantes
nas horas do tempo que coroam minha estrada.
Imagens soltas nas linhas do tempo,
mostram-me os abstratos dos vagos pensamentos,
olho em todas as direções, nada vejo
além dos horizontes buscados por cegos lamentos.
Sigo em nada nos espaços do vento,
não sou, nem serei o que fui ou desejei,
carrego o meu destino tocado a lamentos,
tudo é passado nas tempestades sem fim.
Dissipo as sombras no nada que reveste o momento,
caminho entre o nada e a escuridão sem fim,
busco a força nas noites que habitei,
no vazio, o ponto é o final que trago em mim.