AQUA

A PLANA ESTRIA REPOUSANTE
SÃO TEUS CÍLIOS
TUAS PALBEBRAS GUARNECIDAS

O

A
Ç
A
Í

S
U
S
P
E
N
S
O

E

D
E
C
A
Í
D
O


ESPERANDO O GOLFO LUZIR
AO MENOS UM FAROL

TEUS OLHOS AFUNDADOS
ESSA LÂMINA
FRIA
FINA
ÉTER INEBRIANTE
NOSSO LENÇOL DE ZINCO

SOBRE ELE
MINHA SOLIDÃO
ESTOU MAGRO DE SAUDADE
AMOR
SILENCIOSO DE FANTÁSTICAS VISÕES

ESPECTRO RESÍDUO DE DESEJO
MINHA QUASE IMATERIALIDADE
ESPIANDO A MARÉ DOS CIGANOS
QUE VÃO
E
VÊM

PAISAGEM ENLOUQUECIDA
DRENANDO MEU SANGUE

SOU ESSA LÂMINA
ESSE PENHASCO HIPOTÉTICO
ESSE MAR VERDE NÃO VERDE
AUSÊNCIA DE ALCACHOFRA

AS PEDRAS ESTÃO CHORANDO
NO REPOSITÓRIO DAS ÁGUAS
TEUS CÍLIOS MACHUCAM NUVENS DERRAMADEIRAS
TRANSPARECI DE TANTO MAR DENTRO DE MIM
Edmir CARVALHO BEZERRA
Enviado por Edmir CARVALHO BEZERRA em 14/01/2006
Código do texto: T98852