?Onde estou?
Grito, sem sentido busco por mim, onde estou?
Em labirintos, passos perdidos buscam o fim,
morte ou vida, fruto da verdade, ilusão...
Presos a preceitos, ditam sentenças
pela hipocrisia que nega meu sim.
Cala o vento no vazio da palavra que da boca ecoa,
solta no tempo, perde-se a alma que a vida amou,
no meu canto, apenas um acorde em interrogação
buscando pelo que restou do ontem que sonhei
e na boca a pergunta em reza: Onde estou?
Choro minhas dores, todas elas...
Calo os amores silenciando o coração,
será essa verdade que por tanto escondi?
Tento o hoje no mesmo ontem onde esqueci
minhas verdades escritas em areias de ilusão.
Busco pelo sonho que restou de um ontem qualquer,
calo silenciando o choro da alma que o amor sonhou...
E revestindo esse altar de pedra, a última reza
alimenta a vela que vibra entre gemidos...
Onde estou?...